Sua equipe tem o desafio de criar uma nova solução e precisa validar a eficácia desse produto antes de gastar tempo e recursos desnecessários? O Design Sprint é um caminho para acelerar o desenvolvimento de uma ideia e entender se ela é uma boa candidata a se transformar em um projeto de valor.
O modelo de negócio das empresas de tecnologia e startups, desenvolvido a partir da transformação digital, trouxe para o mercado novas formas de resolver problemas e criar soluções. As empresas estão cada vez mais focadas em desenvolver produtos inovadores com objetivo de melhorar processos, aumentar a produtividade e gerar resultados mais eficientes.
Neste cenário acelerado do desenvolvimento, foi necessário encontrar uma forma prática e de baixo custo para testar e validar ideias antes de envolver equipes completas de trabalho em projetos pouco promissores. Foi assim que nasceu o Design Sprint, uma metodologia que funciona como a síntese de um grande projeto que envolve etapas de mapeamento, esboço, decisão, criação de protótipo e teste com usuário final. Tudo isso em apenas cinco dias.
O que é Design Sprint?
O Design Sprint é uma metodologia de desenvolvimento de ideias, ou solução de problemas críticos, através de um processo realizado com especialistas das equipes de trabalho de maneira rápida e vantajosa para o negócio.
Este tipo de construção colaborativa permite que uma ideia, produto ou solução seja validada e testada por usuários reais ao final de uma rodada de poucos dias de execução. A metodologia otimiza o tempo dos envolvidos e evita que a empresa invista dinheiro em um projeto que não tem potencial de se tornar algo vantajoso.
Fonte: Google Ventures (www.gv.com/sprint)
Na prática, o Design Sprint é uma forma rápida e barata de descobrir se uma ideia deve avançar e se transformar em um projeto, ou se ela deve ser descartada.
Objetivo do Design Sprint
Essa metodologia é aplicada em empresas de diferentes segmentos, mas funciona muito bem em equipes de desenvolvimento e tecnologia. O Design Sprint é organizado em cinco etapas. Em cada uma delas as pessoas envolvidas tem uma meta para alcançar. Ao longo dos dias, os especialistas respondem perguntas, levantam hipóteses de ação, criam protótipos e testam os projetos com a interação real de quem vai usar aquela ferramenta que está sendo desenvolvida.
Leia também: Conquiste uma equipe de TI mais eficiente com a Metodologia Ágil
Como implementar
Selecione colaboradores que tenham conhecimento e experiência em suas áreas de atuação. Como o objetivo da metodologia é encurtar a realização de um projeto, quanto mais expertise reunida, melhor.
Cada participante tem um papel definido nesta construção colaborativa:
• Facilitador: ele é o guia do processo. Não realiza as tarefas, mas conduz a semana com foco em fazer o tempo render e os prazos se cumprirem.
• Realizador: são os especialistas que criam durante as etapas do Design Sprint. Aqui entram os colaboradores de desenvolvimento; do marketing; financeiro e de qualquer setor que faça parte do que precisa ser testado.
• Definidor: é a pessoa que vai dar o aceno positivo ou negativo para as decisões mais importantes. Essa figura participa dos dois primeiros dias efetivamente, quando o rumo do sprint está sendo definido e ele pode de fato opinar sobre o andamento.
• Usuário: é o cliente, o usuário real da solução que está sendo desenhada. O termo cliente aqui não diz respeito apenas às pessoas que vão comprar a solução. Se o Design Sprint estiver sendo desenvolvido para uma solução interna de uma empresa, o cliente aqui é a pessoa que vai fazer uso do que está sendo construído.
Passo a passo
Dia 1: Levantar problemas, definir objetivos e mapear jornadas.
O primeiro encontro é o momento de quebrar o gelo, ouvir as ideias e definir se todos os envolvidos estão na mesma página. É hora de alinhar o pensamento em torno do que precisa ser desenvolvido e fazer um exercício de visão a longo prazo.
Isso é feito com a organização das contribuições dos especialistas e com o mapeamento do que o cliente precisa.
A construção colaborativa dá insights e argumentos para que cada participante escreva suas sugestões de forma anônima.
Dia 2: Definir
Na manhã do segundo encontro os participantes do Design Sprint apresentam seus post-its com as ideias que devem ser executadas. Essa nuvem de possíveis soluções deve ter ligação com a forma de solucionar os problemas levantados no dia anterior.
Essas ideias são fixadas no mural sem identificação. Elas serão votadas de acordo com o potencial de serem desenvolvidas e com o aval do Definidor, as mais alinhadas com a cultura da empresa e com os recursos e possibilidades escolhidas irão avançar em direção à próxima etapa.
Dia 3: Construir o protótipo
O terceiro dia é quando o produto começa a tomar forma. Com os olhos no cliente como ponto de partida, a solução começa a ser desenhada.
A construção do protótipo pode ser feita em ferramentas e plataformas que a equipe já sabe usar, afinal, não há tempo para desvendar como usar um novo software.
É o momento também de realizar o roteiro dos testes e identificar o que esse sprint quer revelar. Se o que está sendo construído é um protótipo para melhoria de um produto ou área da empresa, o cliente vai precisar encontrar na solução a resposta para suas principais queixas. Essas fraquezas e necessidades já foram descobertas no primeiro dia.
Dia 4: Simular a ideia
No quarto encontro a equipe desenvolve um protótipo realista. Textos, funções e respostas reais são apresentadas antes da fase de testes. Tudo é preparado para a aplicação do que está sendo criado.
Dia 5: Entrevistar e testar
O último dia do Design Sprint é destinado à prova real. É nesta etapa que são realizadas entrevistas com o cliente (interno ou externo). O ideal é realizar cinco entrevistas distintas. Elas devem ser assistidas pela equipe completa e registradas. O entrevistador deve criar uma atmosfera de confiança para que o entrevistado possa testar o protótipo e responder de maneira honesta se suas dores podem ser solucionadas com o que está sendo apresentado.
Esse processo vai mostrar para quem participou do Design Sprint se o projeto é promissor e deve seguir em desenvolvimento. São os feedbacks do usuário que vão conduzir ao veredito final de viabilidade da solução que precisa ser criada para que, de fato, ela passe a existir.
Porque utilizar Design Sprint
Esse modelo de desenvolvimento é uma grande oportunidade para a empresa reunir especialistas e fazer com que pensem além da rotina. É o momento para conhecer mais das fraquezas e potencialidades do negócio e de seus produtos.
É o ambiente ideal para encontrar falhas de forma rápida e barata. Além de tornar as pessoas mais próximas, estimula a maturidade das equipes que, imersas em um clima que simula uma gincana, vão encarar desafios importantes com um fôlego diferente.
Fazer um Design Sprint será a melhor oportunidade de desenvolver algo novo, ou melhorar algo que precisa ser feito, em apenas uma semana.
O modelo é perfeito para quem trabalha com desenvolvimento de softwares, plataformas de serviços, aplicativos e soluções digitais.
Na LogAp nossa equipe utiliza técnicas de desenvolvimento ágil como o Design Sprint para que o nosso cliente possa verificar rapidamente o que foi produzido e analisar se o seu projeto está de acordo com o que deseja. Quer saber mais como começar? Fale com a gente e conheça nossos cases!