Armazenar informações sempre foi um grande desafio para a área de tecnologia da informação. Com a evolução digital em pleno crescimento nos dias atuais, temos uma ampla gama de dispositivos que geram dados a cada segundo.
Só para termos uma ideia, em 2010 o mundo gerou, aproximadamente, 5 trilhões de Gigabytes. Já em 2021, a estimativa foi de 40 trilhões de Gigabytes, ou seja, estamos gerando mais dados do que nunca e, por isso, é necessário armazená-los com segurança em algum lugar.
Dito isso, temos um cenário onde os bancos de dados são mais relevantes do que nunca. Entre banco de dados relacional e não relacional, existem várias alternativas para guardar e acessar dados com velocidade e segurança.
Com este cenário, é importante conhecer os tipos de banco de dados, suas características e como escolher a melhor opção — dada a sua realidade. Então, se você ficou interessado no tema, aprenda tudo sobre os bancos de dados no artigo especial que criamos. Boa leitura!
Tipos de banco de dados
É essencial entender que existem tipos distintos de banco de dados, mesmo que o propósito de cada escolha seja a mesma: armazenar informações e, no momento oportuno, fazer com que os dados sejam recuperados e utilizados.
Assim, vamos conhecer os dois tipos mais famosos, além de uma nova categoria que vem crescendo lentamente nos dias atuais.
1. SQL, o banco de dados relacional
O banco de dados relacional tem como base a utilização de tabelas. Essas tabelas são compostas por linhas e colunas que podem se relacionar. Por sinal, esse é o grande benefício desse tipo de banco: proporcionar relações valiosas para a recuperação e compreensão dos dados.
Para entender o conceito de banco de dados relacional de forma mais profunda, podemos usar como base uma planilha de Excel. Nesse sentido, cada tabela do banco seria um arquivo que, por sua vez, é composto por linhas e colunas — onde podemos armazenar informações em texto e imagens.
Então, cada componente do seu banco seria um arquivo único e exclusivo, que se relaciona por meio das colunas da tabela. Essa “amarração” cria integridade ao SGBD e proporciona mais consistência no manuseio de dados.
2. NoSQL, o banco de dados não relacional
O banco de dados não relacional (NoSQL), como o próprio nome sugere, armazena dados que — em teoria — não têm forte relação entre si. Nesse caso, as tabelas dão lugar para as coleções de dados, que possibilitam o armazenamento “menos convencional” do que o tipo que falamos no tópico anterior.
Um exemplo é a necessidade de armazenar imagens em uma rede social. Enquanto essa tarefa é mais “complexa” para o banco relacional, o NoSQL cumpre a missão com extrema facilidade e, de quebra, sem comprometer o desempenho.
Quanto ao armazenamento, o NoSQL não precisa criar uma tabela individual para cada item salvo no banco. Suas coleções de dados armazenam todos os dados de uma só vez, o que possibilita mais agilidade para escrita e leitura das informações.
3. NewSQL, o banco de dados misto
Por último, temos uma categoria nova no mercado, o que é conhecido como NewSQL. Aqui, a ideia é pegar o melhor dos bancos de dados relacionais e não relacionais para formar uma ferramenta extremamente prática, segura e funcional.
A premissa do NewSQL é ser uma tecnologia extremamente adaptável para os sistemas, sem pré-determinar uma única solução para o software criado. Ou seja, o NewSQL se adapta para cada necessidade sem comprometer a segurança e o desempenho.
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Como escolher entre banco de dados relacional e não relacional?
Agora que já entendemos o que é banco de dados relacional e não relacional, é hora de entendermos qual é o melhor banco de dados para empresas. E aqui, infelizmente, não existe uma única resposta para essa pergunta. A escolha vai depender, exclusivamente, do sistema a ser desenvolvido.
Se precisamos de mais consistência nas relações, como podemos ver em softwares de ERP ou CRM, possivelmente precisaremos de um banco de dados relacional. Assim, as entidades estarão prontas para operar com integridade nas informações.
Já o NoSQL é recomendado para aplicações onde a consistência não é o fator mais relevante — ainda que importante — e, principalmente, onde o desempenho é um fator crítico. Se muitos dados estão sendo armazenados e recuperados, pode ser extremamente importante contar com a tecnologia não relacional para atender a demanda.
Temos, ainda, o NewSQL, que promete dar a versatilidade das duas tecnologias citadas anteriormente e, assim, resolver o problema de compatibilidade, consistência e desempenho. É a união dos dois mundos para resolver problemas de armazenamento de dados na tecnologia atual.
No entanto, a única certeza que temos é que a arquitetura de um software precisa ser criada com base nas reais necessidades do projeto. Esse formato flexível vai, de forma geral, trazer mais qualidade para o sistema e também satisfazer plenamente os usuários da aplicação.
Seja para bancos de dados, frameworks front-end ou linguagens de programação, é essencial contar com muitas possibilidades para construir sistemas mais maduros e adequados para a sua finalidade.
Portanto, recomendamos que a escolha do banco de dados seja realizada com base nas necessidades do projeto. Assim será muito mais seguro optar pelo SQL ou NoSQL e, de fato, criar sistemas robustos, seguros e com excelente desempenho.