Arquitetura serverless: conheça os benefícios e como começar com a tecnologia

Arquitetura serverless: conheça os benefícios e como começar com a tecnologia

Escrito por LogAp

O avanço constante das tecnologias de nuvem trouxe um novo paradigma no desenvolvimento de software, denominado arquitetura serverless — ou “sem servidor”. 

Nessa tecnologia, é importante ressaltar que os servidores foram eliminados, mas sim que a gestão dos servidores é terceirizada para um provedor de serviços em nuvem. E isso, na prática, traz uma série de vantagens, mas com seus desafios.

Assim, se você quer se aprofundar nesse tema, sabendo o que é a arquitetura serverless, seus benefícios, características e, principalmente, como começar a usá-la, não deixe de conferir o conteúdo que preparamos. Boa leitura!

O que é Arquitetura serverless?

A Arquitetura serverless (ou computação sem servidor) é um modelo de design de software que permite aos desenvolvedores construir e executar aplicações sem ter que gerenciar infraestruturas de servidores. 

Assim, as tarefas de gestão de servidores, como provisionamento, manutenção e escala, são cuidadas pelo provedor de serviços em nuvem, como AWS, Google Cloud ou Azure.

E é importante reforçar esse conceito para que possamos aprofundar no restante do conteúdo. Então, agora que estamos alinhados, vamos descobrir mais sobre essa maravilhosa tecnologia.

Leia também: Padrões de arquitetura de software: quais são, vantagens, desvantagens e casos de uso

Benefícios da Arquitetura Serverless

A arquitetura serverless oferece uma série de benefícios que são atraentes para desenvolvedores e empresas. Vamos detalhar os principais motivos que tornam essa tecnologia tão desejada e utilizada no mundo atual:

Escalabilidade automática

Um dos maiores benefícios da arquitetura serverless é a escalabilidade automática. Em vez de prever e alocar recursos para lidar com picos de demanda, o provedor de nuvem gerencia a alocação de recursos para você. 

Se a demanda da sua aplicação aumentar, mais instâncias da sua função serão iniciadas automaticamente para lidar com as solicitações adicionais. 

Por exemplo, se um aplicativo de comércio eletrônico tiver um pico de demanda durante a temporada de compras, como a Black Friday, o ambiente serverless irá lidar com a demanda aumentada sem a necessidade de provisionamento manual.

Redução de custos operacionais

Com o modelo serverless, você só paga pelo que usa. Isso significa que você não precisa se preocupar com a manutenção de servidores inativos ou subutilizados. 

Em vez disso, você é cobrado com base na quantidade de tempo que suas funções são executadas e na quantidade de recursos que consomem. Para um serviço como o AWS Lambda, por exemplo, você é cobrado em incrementos de 100 milissegundos.

No entanto, cada solução tem seu modo de precificação e valor de cobrança.

Foco no desenvolvimento de código

Sem a necessidade de gerenciar servidores, os desenvolvedores podem se concentrar no que fazem de melhor — escrever código. Isso permite que eles se concentrem em melhorar a funcionalidade do sistema e experiência do usuário. 

Assim, podem criar soluções que realmente façam a diferença para o negócio e o torne mais competitivo no mercado.

Desenvolvimento e implantação rápidos

A arquitetura serverless pode acelerar o tempo de lançamento ao mercado. Como não há servidores para provisionar, ou gerenciar, você pode iterar rapidamente em seu produto e implantar novas versões tão logo estejam prontas.

Por exemplo, uma startup que desenvolve um novo serviço de streaming pode lançar novos recursos e melhorias para seus usuários mais rapidamente do que seria possível em uma arquitetura tradicional de servidor.

No entanto, é importante reforçar que ainda é necessária alguma administração do servidor. Mas o ganho de tempo nesse modelo é infinitamente maior do que em outros tipos de servidor.

Resiliência e alta disponibilidade

As aplicações serverless são projetadas para serem altamente disponíveis e resistentes a falhas. Os provedores de nuvem executam suas funções serverless em vários data centers em diferentes zonas de disponibilidade, reduzindo o risco de falhas e interrupções. 

Por exemplo, um aplicativo de streaming pode continuar operando sem interrupções, mesmo que um data center inteiro sofra uma falha crítica. Foi o caso de um Data Center do Google que falhou em 2022 e gerou poucas falhas no serviço.

Como começar com a arquitetura serverless em 8 passos

Agora que você descobriu o que é a arquitetura serverless e seus principais benefícios, vamos listar 8 passos para você começar a se envolver com a tecnologia. Apesar de ser apenas o início da jornada, é bom ter os itens abaixo em mente ao trabalhar com o serverless:

1. Selecione um provedor de nuvem

A escolha do provedor de serviços em nuvem é crucial. AWS Lambda, Google Cloud Functions, Azure Functions são alguns exemplos de plataformas FaaS. Estude os recursos, preços, limitações, e escolha o que melhor se encaixa nas necessidades do seu projeto.

2. Planeje sua aplicação

A arquitetura serverless é altamente orientada para eventos. Assim, o planejamento deve ser focado em dividir sua aplicação em pequenas funções que podem ser invocadas em resposta a eventos específicos. 

Por exemplo, um evento de upload de imagens pode disparar uma função para processar e comprimir o arquivo automaticamente.

Leia também: Como fazer um roadmap de projetos em 7 passos simples e eficazes

3. Desenvolva suas funções

No modelo serverless, cada função deve ser projetada para executar uma tarefa específica, o que chamamos de princípio da single responsibility. Seu código deve ser independente, modular e livre de estado, facilitando o escalonamento automático.

4. Teste suas funções

As funções devem ser bem testadas antes da implantação. Algumas plataformas FaaS oferecem ambientes de teste locais, mas também existem ferramentas como o Serverless Framework e AWS SAM que proporcionam ambientes de teste simulados para desenvolvimento e teste de funções.

5. Implante e monitore

Uma vez que suas funções estejam testadas e prontas, é hora de implantá-las. O processo de implantação pode variar de acordo com o provedor de nuvem. 

Após a implantação, é essencial monitorar o desempenho das funções e, para isso, ferramentas como AWS CloudWatch, Google Stackdriver, ou Azure Monitor podem ser usadas com tal finalidade.

7. Gerencie a segurança

Assegure-se de implementar práticas sólidas de segurança na nuvem, incluindo o gerenciamento de permissões e acessos, a proteção de dados e a implementação de práticas de segurança em nível de aplicação.

Isso é crucial para qualquer aplicativo que vá rodar na arquitetura serverless.

8. Não pare de evoluir

Uma vez que os passos acima foram aplicados, é importante continuar interagindo — sempre buscando as melhores práticas — para dominar essa tecnologia. 

Mesmo com os desafios, a arquitetura serverless já conquistou o mercado e tem muito para oferecer aos desenvolvedores, sejam iniciantes ou experientes. Portanto, não hesite em utilizar o melhor que ela tem para oferecer.

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