Em um mundo cada vez mais conectado, onde o digital está extremamente misturado com o físico, é necessário olhar com atenção para os softwares desenvolvidos. Sites, sistemas para computador e aplicativos mobile precisam evoluir constantemente para oferecer uma experiência de uso inigualável.

E não estamos falando apenas de desempenho. Além de responderem rapidamente às solicitações, os sites e apps precisam atender outras expectativas, como é o caso da experiência de uso (User Experience, em inglês) e da Interface do Usuário (User Interface, em inglês).

Assim, é possível ter um produto mais completo e alinhado ao que o usuário precisa — e espera. E falando especificamente da parte visual, o UI design, temos um grande desafio: como melhorar as interfaces sem comprometer a experiência de uso e, principalmente, o apelo visual do produto?

É exatamente essa questão que iremos tratar aqui. Portanto, se você quer saber o que é interface do usuário e quais são os princípios do UI design, não deixe de conferir o conteúdo especial que criamos sobre o tema. 

Boa leitura!

O que é interface do usuário?

A interface do usuário é tudo aquilo que você pode ver em um site, sistema ou aplicativo. Cores, tipografia, imagens, formas e transições, por exemplo, formam essa interface que permite a interação por parte do usuário.

Desse modo, para que esse contato aconteça sem maiores problemas, é necessário saber alguns princípios de UI Design para tornar essa parte visual mais agradável.

Por sinal, a criação das interfaces do usuário é uma tarefa do UI designer. Com um conjunto específico de habilidades para a função, o UI designer tem condições de transformar elementos gráficos em belos produtos, mas sem comprometer a usabilidade por parte do público.

Mas, para que isso seja possível, o UI designer precisa seguir um conjunto de princípios do UI design. Basicamente, são 10 boas práticas que vão elevar a qualidade do produto final, conforme listamos abaixo:

10 princípios de UI design para qualquer produto de qualidade

1. Visibilidade do estado do sistema

O primeiro princípio do UI design diz respeito à visibilidade constante do estado do sistema. Nesse sentido, ao navegar pelas telas, o usuário deve sempre ser informado sobre o que está acontecendo.

Por exemplo: caso uma informação não seja salva, isso deve ser informado com uma mensagem clara e direta. O mesmo vale para algum elemento que não tenha sido carregado em alguma tela. Enfim, é preciso dar feedback constante para o usuário como mostra a imagem abaixo.

Fonte: Dev.to (www.dev.to)

2. Integração entre o sistema e o mundo real

Outro ponto importante para criar um UI design adequado é integrar a linguagem do mundo real e do sistema, sempre pensando na melhor experiência para seres humanos. Sejam palavras, elementos, cores e conceitos, toda a lógica das telas precisa ser concebida para pessoas — e não para as máquinas.

3. Padrões e consistência

Mais um ponto importante dentro do UI design é manter o padrão e a consistência de elementos em todo o produto. Termos, ícones, botões e até palavras não podem sofrer alterações que atrapalhem o uso por parte do usuário. 

Lembre-se que, se o usuário precisa adivinhar o que os elementos significam, seu sistema tem problemas graves de UI design.

Exemplo de padronização e consistência

4. Controle e liberdade

É inevitável que as interações com um sistema levem para situações inesperadas e indesejadas para o usuário. Por isso, ele precisa ter um meio de desfazer as alterações ou, como é conhecido na área de UI design, ele precisa ter uma “rota de fuga” daquela funcionalidade. 

Na prática, isso significa evitar caminhos sem saída ou forçar a execução de uma funcionalidade contra a vontade do usuário.

Fonte: Cristian Bosch (www.dribbble.com/crisbosch)

5. Prevenção de erros

A prevenção de erros também é um dos princípios do UI design que, obviamente, é uma tarefa recorrente do UI designer. Esse princípio consiste em alertar o usuário sobre eventos críticos do sistema — como a confirmação ao apagar um arquivo ou fazer uma modificação nas informações — para evitar consequências indesejadas.

Então, a recomendação é sempre emitir alertas e adicionar passos extras para que uma operação crítica seja sempre realizada com consciência.

Fonte: Namika Haiji Hamasaki (www.dribbble.com/haiji505)

6. Reconhecimento de padrões

Ao interagir com o sistema, o usuário precisa ser naturalmente guiado — por meio do reconhecimento de padrões — para outras áreas do software. Um exemplo é o ícone de lápis para funções de edição em um site ou aplicativo. 

Ao reconhecer esse elemento, o usuário já espera o resultado ao acionar a função. Portanto, nesse caso, a interface foi construída para reduzir a carga cognitiva e, obviamente, reduzir a resistência nas interações com o UI design.

7. Flexibilidade e eficiência de uso

Mais uma boa prática do UI design é balancear a flexibilidade do software com sua experiência de uso. Isso significa que as funções de um sistema devem ser pensadas para usuários novatos, mas também devem ser bem resolvidas para usuários experientes.

O uso de gestos em um app de celular, por exemplo, pode ser mais natural para usuários experientes. No entanto, ela não pode ser a única maneira de interagir com o sistema. Então, é sempre importante oferecer outras possibilidades de uso para as pessoas.

8. Minimalismo e estética

A “poluição visual” também deve ser abolida das interfaces. Qualquer mensagem ou elemento que não agreguem precisam ser removidos, sob risco de confundir e afastar o usuário do produto. Portanto, foque no minimalismo e boa estética quando construir sistemas.

9. Reconhecimento, diagnóstico e recuperação de erros

O penúltimo princípio do UI design consiste em fazer um tratamento de erros que, de alguma forma, ajude o usuário a continuar interagindo com o sistema. Mensagens de erros claras, sem códigos, e com alternativas para continuar a navegação devem ser a prioridade de sites, sistemas e apps.

10. Ajuda e documentação

Por último, mesmo que todas as práticas de UI design sejam seguidas, é necessário oferecer uma documentação didática e acessível para o usuário final. Esse conjunto de informações precisa ser prático em todos os aspectos, desde a busca pela informação até a facilidade de compreensão dos tópicos.

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