A evolução e dependência dos softwares para o dia a dia nos faz questionar como estamos desenvolvendo sistemas de alto nível, principalmente no que diz respeito à qualidade do produto.
Velocidade, quantidade de recursos e poder de processamento de informações já não são os itens dominantes quando falamos de software. Hoje em dia, a usabilidade do sistema conta bastante para agradar os exigentes usuários do mundo atual.
E para que essa usabilidade seja atingida, é necessário entender mais sobre os testes de usabilidade em software. A partir deles é possível identificar erros e sugerir melhorias importantes para evoluir nessa área.
Quer saber mais sobre o assunto? Então continue lendo para entender o que é o teste de usabilidade, sua importância, tipos e boas práticas para executar. Boa leitura!
O que é teste de usabilidade em software e qual sua importância?
O teste de usabilidade em software é uma ferramenta usada para determinar a simplicidade e facilidade de uso das interfaces dos programas de computador e dispositivos móveis.
Sua importância é bem grande, pois é a partir dela que surgem ações de melhoria em um sistema. Ou seja, em resumo, o teste de usabilidade em software tem como missão elevar a qualidade do produto e, assim, reduzir as barreiras de uso do mesmo.
E pensando nos dias atuais, onde os softwares estão presentes em boa parte da rotina das pessoas, é essencial dar atenção para esse tema. Portanto, vamos falar mais dele na sequência do texto.
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O que é avaliado no teste de usabilidade em software?
Agora que você já entendeu o que é o teste de usabilidade em software, bem como a sua importância, é hora de entender o que é avaliado durante esse processo. Basicamente, temos 9 categorias de itens que são considerados, sem ordem de importância:
1. Eficiência do software
O teste de eficiência valida se o desempenho do sistema, em todos os aspectos, está adequado para o usuário. Nesse sentido, não basta entender se o usuário consegue completar a tarefa, mas sim se isso é realizado de forma rápida e ágil.
2. Eficácia do sistema
Já a eficácia busca medir se o usuário consegue completar a tarefa proposta, mesmo sem considerar a velocidade de execução. Esse item é um complemento do item anterior, onde desejamos validar se as funcionalidades são iniciadas e finalizadas.
3. Mensagem de erro
É comum que, em algum momento, os sistemas apresentem erros de funcionamento. Com isso, o teste de usabilidade em software precisa garantir que as mensagens de erro durante o uso sejam funcionais e didáticas, mesmo para usuários iniciantes.
4. Inadequação dos textos
Outro ponto importante de um sistema está no uso de textos que, de forma geral, não podem ser abreviados ou eliminados da experiência do usuário. Portanto, o teste de usabilidade com foco na inadequação visa garantir que esse ponto está correto.
5. Relevância das informações
Mais um item crucial para a qualidade do software está na relevância das informações. Nesse caso, os testes de usabilidade vão validar se a interface, de forma geral, mostra apenas o que é necessário para o usuário, evitando confusão com o excesso de elementos.
6. Resposta inesperada
As respostas inesperadas também são pontos importantes nos testes de usabilidade, onde as ações do sistema precisam funcionar da forma que foram planejadas, ou seja, se o usuário clicou no botão A para ir até o destino B, é esperado que a tela B abra normalmente.
7. Nível de intuitividade
Sistemas intuitivos não dependem de treinamento para uso. Isso envolve a boa organização dos elementos do software, que precisam trabalhar de forma intuitiva para que qualquer usuário, seja novato ou experiente, consiga extrair a máxima experiência do software.
8. Quantidade de cliques
De forma geral, mesmo os sistemas complexos não precisam dificultar a vida do usuário e aumentar a quantidade de cliques para atingir um objetivo. O usuário precisa acessar as funcionalidades em poucos cliques/toques para que não se sintam frustrados e confusos.
9. Memorização
Por último, os sistemas com boa usabilidade possuem interfaces que são de fácil memorização, onde o usuário poderá encontrar as funcionalidades facilmente, mesmo após longos períodos sem usar o programa.
Boas práticas para fazer um bom teste de usabilidade em software
Como pudemos ver, os testes de usabilidade em software têm como objetivo avaliar várias categorias e comportamento dentro de um sistema, já que uma má experiência pode comprometer a experiência do usuário e arruinar o produto por completo.
E para que essas avaliações sejam bem realizadas, existem boas práticas, divididas em etapas, para testar o sistema e reduzir as chances de um problema acontecer. Vamos conhecê-las:
- Etapa de planejamento: envolve definir o objetivo do teste, metodologia e condições para que o teste agregue valor para a equipe e gere insights poderosos para evolução do produto;
- Etapa de preparação: nesse momento acontece o alinhamento com os participantes do teste, que precisam receber uma breve preparação do que vai acontecer durante o momento da análise;
- Etapa de execução: aqui, temos, de fato, a execução do teste de usabilidade, que deve acontecer dentro de um tempo pré-estabelecido e sem qualquer tipo de interferência externa, pois a ideia é obter feedbacks sem qualquer tipo de viés, sob o risco de prejudicar o projeto;
- Etapa de análise: esta é a etapa onde os dados obtidos serão analisados e revisados. É o momento de entender quais problemas foram encontrados, entendendo a frequência com que ocorrem, bem como a gravidade e a prioridade para resolução de cada item.
Com todas as categorias mapeadas e as boas práticas acima aplicadas, aumentamos a qualidade da usabilidade do produto e entregamos a melhor experiência para o usuário. Isso aumenta a produtividade e garante que o sistema será usado para gerar mais resultados para o negócio.
Ou seja, seja um desenvolvedor especialista ou generalista, ele deverá se preocupar — assim como toda a equipe — com a usabilidade do produto final que estão colocando no mercado, pois esse é um dos elementos que aumentam consideravelmente a percepção do público sobre a qualidade do sistema.
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