A era digital trouxe uma quantidade cada vez maior de dados para as empresas, tornando a análise de dados uma parte crítica da tomada de decisão empresarial.
É neste contexto que a abordagem data-driven tem se destacado, com empresas buscando basear suas decisões em insights extraídos de dados. De fato, de acordo com um estudo da Accenture, empresas data-driven podem alcançar até 30% de crescimento anual com a abordagem.
Portanto, impactar diretamente os resultados do negócio, além de outros itens que abordaremos aqui, são benefícios que não podem ser ignorados por gestores de alto desempenho.
Quer saber o que é data-driven e qual a sua importância na tomada de decisões do negócio, além de dicas para desenvolver no dia a dia? Continue lendo o artigo que preparamos sobre o tema, logo abaixo.
O que é data-driven?
Data-driven significa que as decisões são baseadas em dados, em vez de opiniões subjetivas ou achismos. Esse tipo de comportamento é cada vez mais importante nos dias atuais, onde a quantidade de informação gerada é imensa.
Ao contrário da abordagem tradicional, em que as decisões são baseadas em opiniões pessoais, suposições ou julgamentos subjetivos, a abordagem data-driven é baseada em fatos e evidências.
É claro que a experiência ainda conta muito na tomada de decisão. Neste sentido, é importante usá-la, em conjunto com os dados disponíveis, para elevar a qualidade das escolhas feitas e, por consequência, dos resultados obtidos.
Qual a importância da cultura data-driven na tomada de decisão?
A importância da cultura data-driven na tomada de decisão é inegável. Com a quantidade crescente de dados disponíveis, as empresas precisam de uma abordagem sólida e confiável para transformar esses dados em informações valiosas e utilizá-las para melhorar seus negócios.
Agora que você sabe o que é data-driven, confira algumas razões pelas quais essa cultura é importante para a tomada de decisão nas empresas:
- Melhora a precisão das decisões: ao basear as decisões em dados e análise, as empresas podem minimizar o viés subjetivo e tomar decisões mais precisas e informadas. Além disso, os dados podem ser usados para identificar padrões e tendências, o que pode ajudar a prever o futuro e tomar decisões estratégicas.
- Aumenta a eficiência: a cultura data-driven permite que as empresas identifiquem e resolvam problemas com mais rapidez, o que aumenta a eficiência geral. Além disso, a automatização de processos baseada em dados e análise pode reduzir o tempo e a complexidade de tarefas manuais, o que aumenta a eficiência do negócio.
- Fomenta a inovação: o pensamento data-driven permite que as empresas explorem novas oportunidades e caminhos a seguir, baseados em dados e análise. Isso ajuda a identificar tendências e padrões, o que pode inspirar novos produtos, serviços e soluções.
- Aumenta a transparência: ao basear as decisões em dados e análise, é mais fácil explicar e compreender as decisões para os stakeholders. Isso aumenta a transparência e a confiança nos processos de tomada de decisão.
- Melhora a cultura organizacional: ao valorizar a importância dos dados e a abordagem data-driven, as empresas podem fomentar uma cultura organizacional centrada na busca por insights e conhecimento. Isso incentiva a equipe a trabalhar junta para solucionar problemas e tomar decisões baseadas em dados, o que pode aumentar a colaboração, a inovação e o sucesso geral da empresa.
Além dos itens acima, a tomada de decisões por meio de uma abordagem data-driven reduz a chance de falhas por não apostar na “inspiração” da pessoa responsável pela decisão.
Para isso, propomos um exercício: tente tomar decisões difíceis no final do dia, depois de ter dormido mal, acordado cedo e trabalhado o dia todo em tarefas extenuantes. Possivelmente, se for tentar decidir algo sem qualquer tipo de apoio, a sua capacidade de realizar uma boa decisão estará comprometida.
E se o cenário acima pode ser agravado por um filho doente ou pelas tarefas domésticas que precisam ser feitas. Nesse caso, o resultado de sua decisão pode ser um desastre.
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Como desenvolver uma cultura data-driven?
Apenas saber o que é data-driven, infelizmente, não é suficiente. Portanto, trouxemos 8 passos para desenvolver uma cultura guiada por dados, sempre lembrando que essa é uma mudança de comportamento no dia a dia da sua organização:
- Investir em tecnologia: a tecnologia é fundamental para coletar, armazenar e analisar dados de forma eficiente. Escolha as ferramentas certas para atender às necessidades da sua empresa e invista em treinamento para que todos saibam como usá-las corretamente;
- Valorizar os dados: certifique-se de que todos na empresa entendam a importância dos dados e que eles sejam vistos como um recurso valioso para a tomada de decisão;
- Capacitar a equipe: forneça treinamento para que a equipe tenha as habilidades necessárias para trabalhar com dados e análise. Além disso, encoraje a equipe a desenvolver suas habilidades em análise de dados;
- Definir objetivos claros: definir objetivos claros e mensuráveis é importante para garantir que a análise de dados esteja alinhada aos objetivos da empresa;
- Encorajar a colaboração: crie uma cultura de colaboração onde as equipes possam compartilhar dados e insights para tomar decisões mais informadas;
- Fazer a integração dos dados: integre dados de fontes diferentes para obter uma visão mais completa e precisa da situação;
- Adotar uma mentalidade de teste: incentive a equipe a experimentar soluções novas e a aprender com os resultados para melhorar continuamente;
- Liderança comprometida: a liderança deve ser um modelo de comportamento para a cultura data-driven e deve apoiar e encorajar a equipe a adotar esta abordagem.
O data-driven como ferramenta de gestão
É claro que a aplicação do data-driven não é uma bala de prata. Neste sentido, é importante entender que ela é uma ferramenta útil para o dia a dia dos gestores, mas dificilmente vai impedir, completamente, que decisões ruins sejam tomadas.
Como dissemos, ao basear as decisões em dados e análise, as empresas podem tomar decisões precisas, aumentar a eficiência, fomentar a inovação, aumentar a transparência e melhorar a cultura organizacional.
No entanto, o fator humano ainda é importante nessa equação, bem como a experiência na área e toda a bagagem desenvolvida. De fato, entender os números é uma parte essencial do processo, mas a criatividade e inteligência em sua aplicação é o que faz toda a diferença.
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