A contratação é uma das etapas mais importantes e desafiadoras no mercado de TI. Além da crescente demanda pelos profissionais de tecnologia, também existe o desafio de contratar o profissional certo para a equipe.
Nesse sentido, alguns valores técnicos e pessoais são inegociáveis, já que queremos o melhor colaborador para a função. E para que os padrões estejam bem claros e estabelecidos, é essencial definir as competências técnicas e comportamentais do time.
Mas, se esse assunto é novo para você, não se preocupe. Preparamos um guia para ensinar o que é o mapeamento de competências ideal, qual a sua finalidade e, principalmente, como trazer essa ferramenta para a sua realidade com 5 técnicas simples e eficazes. Boa leitura!
O que é o mapeamento de competências?
O mapeamento de competências é uma ferramenta bastante eficiente na definição dos atributos técnicos e comportamentais para um cargo dentro de uma empresa. Assim, é possível alinhar as expectativas dos colaboradores em relação aos requisitos necessários para ocupar uma função na companhia.
De forma geral, o mapeamento de competências ideal serve como um guia para o time. Ainda que um colaborador não atinja todos os requisitos, ele continuará contribuindo com suas habilidades na organização, mas com a consciência de onde precisa se especializar para evoluir.
Qual a finalidade dessa técnica?
A principal finalidade do mapeamento é proporcionar o desenvolvimento de competências do time para definir padrões técnicos e comportamentais. Os padrões vão permitir um nivelamento da qualidade dos colaboradores e, da mesma forma, definir uma “barra mínima” de exigências.
Com isso, o time pode trabalhar de forma mais previsível — já que todos os colaboradores estão conscientes do que precisam entregar —, da mesma forma que todos sabem o que é necessário evoluir para conquistar uma promoção em sua carreira.
Assim, de forma geral, o mapeamento de competências ideal traz mais organização para a empresa como um todo, principalmente para os líderes e gestores dos departamentos, que podem contratar novas pessoas com base em requisitos bem estabelecidos, e também desenvolver os funcionários atuais com base na matriz de competência principal.
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Como fazer um mapeamento de competências em 5 passos
Definir o mapeamento de competências ideal não deve ser um grande problema no seu dia a dia. É verdade que existem algumas nuances e características da sua rotina empresarial, mas, no geral, são apenas 5 etapas para utilizar essa ferramenta. Vamos conhecê-las abaixo:
1. Escolher quais itens são relevantes
O primeiro passo para iniciar o desenvolvimento de competências do time é saber quais itens são desejados em cada função. Aqui, é importante listar todos os itens que envolvem competências técnicas e comportamentais.
No primeiro caso, queremos saber quais são as hard skills que um colaboradores precisará ter. E por hard skills, estamos falando dos conhecimentos técnicos que, geralmente, são aprendidos em cursos, workshops ou por conta própria e que podem ser facilmente medidos.
Por exemplo: conhecimento de frameworks front-end, estrutura de dados, lógica de programação etc.
Já as competências comportamentais, conhecidas como soft skills, são habilidades cognitivas que, normalmente, não são aprendidas por meio de recursos externos. As soft skills precisam ser praticadas no dia a dia para serem totalmente desenvolvidas.
Por exemplo: empatia, inteligência emocional, liderança, oratória etc.
De qualquer forma, é importante ter as duas categorias de habilidades bem definidas para facilitar o processo de mapeamento e desenvolvimento como um todo.
2. Descrever as expectativas de cada competência
Uma vez que as competências foram definidas, é hora de escrever em detalhes o que a empresa espera de cada uma delas. E aqui vale a dica de descrever o item de forma qualitativa, para que o colaborador saiba o que é esperado dele.
Por exemplo, ao falar de uma determinada linguagem de programação, é importante enfatizar as principais funções que o desenvolvedor, nesse caso, precisa dominar. Não adianta pedir competências avançadas para um profissional de nível júnior.
Sendo assim, divida cada cargo por nível e detalhe o que a empresa espera dentro do grupo de competências com base na experiência. Para isso, peça ajuda para profissionais mais experientes e também olhe para outras empresas do mercado.
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3. Definir a escala de medição dos atributos
Agora que o seu mapeamento está mais claro, é hora de definir como as competências técnicas e comportamentais serão medidas. No primeiro caso, alguns testes práticos vão resolver a situação, enquanto as soft skills serão descobertas em entrevistas sobre a cultura da empresa e situações vividas pelo colaborador.
Mesmo que não fique perfeito nas primeiras aplicações, é importante prestar atenção nesse item para criar escalas adequadas aos níveis dos profissionais.
4. Estabelecer os valores mínimos aceitáveis
Em penúltimo lugar, no seu plano de mapeamento de competências ideal, é hora de estabelecer o que é aceitável como parâmetro mínimo para contratar um profissional. Sabemos que o mercado de T.I. é concorrido, mas nem sempre é possível aceitar valores em desalinho com a organização.
Então, tenha em mente qual é a pontuação mínima para admitir um funcionário na companhia, sabendo que um erro nessa etapa pode permitir que funcionários indesejados sejam admitidos. Leve o mapeamento de competência a sério.
5. Validar com os gestores e líderes da empresa
Por último, uma vez que seu plano de desenvolvimento de competências do time esteja pronto, é hora de buscar feedbacks com outros gestores e líderes da empresa. Essa troca de opiniões será importante para organizar o processo de mapeamento e estabelecer padrões adequados.
O mapa validado por terceiros ainda poderá estar longe da perfeição, mas já é um excelente começo para definir padrões importantes dos profissionais contratados. E uma vez que esse mapeamento evolua, as contratações ficarão cada vez melhores, bem como as equipes e, por consequência, os resultados empresariais.