No mundo acelerado do desenvolvimento de software, onde a qualidade e a agilidade caminham de mãos dadas, a automação se revela como uma aliada indispensável para os devs.
O cenário atual exige que as equipes de desenvolvimento entreguem software de alta qualidade em prazos cada vez mais curtos, o que gerou a necessidade de adoção de ferramentas de testes automatizados.
Imagine poder executar uma série complexa de testes em poucos minutos, sem diminuir a qualidade do teste. É aqui que as ferramentas de testes automatizados brilham, proporcionando uma abordagem estruturada e repetível para verificar se o software atende aos requisitos especificados.
Desde a automação de testes de regressão para garantir que as atualizações não afetem as funcionalidades existentes até a realização de testes de carga para avaliar o desempenho sob diferentes cenários, essas ferramentas têm revolucionado a maneira como as equipes abordam a qualidade do software.
Portanto, para conhecer mais as ferramentas que fazem essa “mágica” acontecer, separamos 5 opções populares no mercado, listando suas características e mostrando na prática como são utilizadas.
O que é teste automatizado e qual sua importância?
O teste automatizado é uma ferramenta utilizada no desenvolvimento de software, onde o principal objetivo é executar a etapa de teste, de forma automática, por meio de ferramentas específicas.
Isso traz uma série de benefícios, diretos e indiretos, para o processo de desenvolvimento de software, seja a liberação de tempo do dev para outras tarefas, além do aumento da cobertura geral do teste.
E os testes automatizados são realizados a partir de ferramentas populares no mundo do desenvolvimento de software. Vamos conhecê-las logo abaixo.
Leia também: O que é teste automatizado: importância e como começar a utilizá-los no dia a dia
Quais são as principais ferramentas de teste automatizado?
Para executar um teste automatizado, é preciso escolher a ferramenta mais adequada para a tarefa. Esse é o primeiro passo do teste, que será seguido do escopo de automação, planejamento, execução e gerenciamento dos resultados (e manutenção do teste, se necessário).
Focando nessa primeira etapa, separamos 5 ferramentas famosas e extremamente valiosas para medir a qualidade do sistema em criação, além de dicas para uso. Lembrando que elas não estão ordenadas por ordem de qualidade.
Confira:
1. Selenium
O Selenium é um conjunto de ferramentas de automação de testes voltado para a validação de aplicativos web.
Ele permite aos desenvolvedores e testadores automatizarem a interação entre um navegador web e um aplicativo, simulando ações que os usuários realizam, como clicar em botões, preencher formulários, navegar por páginas e verificar resultados.
Seu uso é bastante simples, onde a sequência de testes é gravada na própria execução do aplicativo e reproduzida posteriormente, conforme o sistema sofrer alterações.
Confira um vídeo introdutório de como utilizar o Selenium para testes:
Como Fazer uma Automação Web Utilizando Python e Selenium
2. TestComplete
Já o TestComplete é uma ferramenta de automação de testes desenvolvida pela SmartBear Software. Ela foi projetada para auxiliar equipes de desenvolvimento de software a realizar testes de forma eficiente, em diversos tipos de aplicativos, sejam eles desktop, web ou móveis.
A principal proposta do TestComplete é simplificar o processo de teste por meio de uma interface intuitiva e oferecer uma ampla gama de recursos para automatizar o processo de teste — ação extremamente importante no ciclo de desenvolvimento.
Abaixo, um exemplo de teste usando o TestComplete:
Teste de software usando o TestComplete.
3. Cypress
Outra ferramenta muito famosa na etapa de teste é o Cypress, um framework de teste de interface de usuário (UI) voltado para o desenvolvimento de software, especialmente para aplicações web.
Ele foi projetado para automatizar testes funcionais, de integração e de UI, proporcionando uma abordagem eficiente para verificar se o software se comporta conforme o esperado em diferentes cenários, simples ou complexos.
A principal vantagem do Cypress envolve os frameworks nativos que possibilitam o desenvolvimento, a execução e a visualização de relatórios dos testes automatizados.
Confira o vídeo abaixo de um teste configurado com o Cypress:
Cypress – passo a passo para criar o primeiro projeto e testes
4. Ranorex
O Ranorex é uma ferramenta de automação de testes usada para testar a funcionalidade, usabilidade e a qualidade de aplicações de software, seja desktop, web ou mobile.
Ele oferece um ambiente de desenvolvimento integrado (IDE) que permite aos testadores e desenvolvedores criar, executar e gerenciar testes automatizados de maneira eficiente. Esse ambiente dá muito poder para a criação de testes robustos para validação das funcionalidades de software.
Na sequência, uma apresentação de testes criados com o Ranorex:
Automação de Testes com Ranorex Studio
5. Cucumber
Por último, temos o Cucumber: uma ferramenta de teste automatizado, de código aberto, especialmente utilizada para testes de aceitação e comportamento.
Nela, as equipes de desenvolvimento e testes criam scripts de teste em linguagem natural, conhecida como “Gherkin”, que podem ser facilmente compreendidos por pessoas não técnicas, como gerentes de projeto e stakeholders.
Além disso, o Cucumber pode ser usado com várias linguagens de programação, como Java, Ruby, JavaScript, e também pode ser integrado a estruturas de automação de teste, como o Selenium, para realizar a automação dos testes de interface do usuário.
Exemplo de uso do Cucumber:
Como podemos ver, o investimento em ferramentas de testes automatizados não apenas resulta em software mais confiável, mas também contribui para a satisfação do usuário final, que desfruta de experiências mais estáveis e sem falhas.
À medida que a indústria de tecnologia continua a evoluir, a adoção inteligente de ferramentas desse tipo permitem a excelência na entrega de produtos de alta qualidade, impulsionando o sucesso tanto das equipes de desenvolvimento quanto das empresas que apostam nessa ideia.
Aproveite também para ler: DAST e SAST: conceito, usos, benefícios e principais ferramentas