O edge computing já é uma realidade em muitas empresas, mas ainda está longe de atingir seu potencial máximo.
Com potencial para revolucionar diferentes áreas, a tecnologia é essencial para diversos setores, principalmente em aplicações que exigem respostas em tempo real, como veículos autônomos e dispositivos médicos.
Se você quer saber o que é edge computing, como ela funciona e vários exemplos de uso, não deixe de conferir o artigo a seguir. Boa leitura!
O que é edge computing?
A tecnologia edge computing é uma mudança de paradigma que soluciona problemas causados pela distância de transmissão de dados. Em vez de enviar as informações imediatamente para um servidor central ou para a nuvem, ela permite que os dados sejam processados mais perto de onde foram gerados.
Seja um smartphone, um carro autônomo ou um dispositivo IoT, a ideia é realizar o máximo de processamento possível localmente, reduzindo a necessidade de enviar dados de ida e volta pela rede. Essa descentralização do processamento acelera a resposta do sistema, tornando-o mais eficiente e rápido.
Assim, o atraso na comunicação, conhecido como latência, é eliminado ou reduzido ao máximo, o que permite uma série de benefícios que falaremos a seguir.
Como o edge computing funciona?
O funcionamento do edge computing tem como base a descentralização do processamento de dados. Em vez de depender de um servidor central ou da nuvem para processar os dados, os dispositivos ou nós da borda da rede assumem essa responsabilidade.
Se houver uma necessidade de processamento mais pesado, ou se os dados precisarem ser armazenados para uso futuro, eles podem ser enviados para um servidor. No entanto, a decisão inicial e o processamento primário são realizados localmente, no próprio dispositivo.
Isso não apenas acelera a resposta de processamento (reduzindo a latência), mas também reduz a quantidade de dados que precisam ser enviados através da rede, economizando largura de banda e potencialmente reduzindo custos.
Para realizar essa computação na borda, os dispositivos podem ser equipados com hardware e software mais avançados, que lhes permitem realizar mais processamento localmente. Isso pode incluir micro data centers, dispositivos de gateway de borda e até mesmo avançadas técnicas de inteligência artificial e aprendizado de máquina.
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Exemplos de uso do edge computing
Agora que entendemos o que é e como o edge computing funciona, vamos conhecer algumas das inúmeras aplicações dessa tecnologia. Muitas, por sinal, já estão sendo implementadas em todo o mundo. Confira:
- Veículos Autônomos: os carros autônomos geram terabytes de dados a cada segundo. Eles precisam processar esses dados em tempo real para tomar decisões sobre direção, velocidade, detecção de obstáculos etc. Desse modo, o edge computing permite que essas decisões sejam tomadas localmente, em tempo real, sem a necessidade de enviar dados para a nuvem;
- Cidades inteligentes: nas cidades inteligentes, o edge computing pode ser usado em uma variedade de aplicações, como monitoramento de tráfego em tempo real, gerenciamento de resíduos, segurança pública, etc. Por exemplo, as câmeras de trânsito podem processar dados localmente para detectar congestionamentos ou acidentes e tomar ações imediatas, para somente depois transmitir os dados para um servidor;
- Manufatura Inteligente: outro uso do edge computing está no monitoramento de máquinas e processos em tempo real, detecção de anomalias e previsão de falhas antes que elas ocorram. Isso pode melhorar a eficiência, reduzir o tempo de inatividade e aumentar a produção de uma indústria 4.0;
- Varejo: rastrear inventário em tempo real, monitorar o comportamento do cliente e fornecer experiências de compra personalizadas podem ser tarefas do edge computing. Mesmo em áreas tradicionais, a tecnologia pode inovar e tornar o dia a dia mais prático e produtivo;
- Agricultura Inteligente: o edge computing está desempenhando um papel crucial na agricultura de precisão. Sensores colocados em campos agrícolas podem coletar dados variados, desde a umidade do solo até as condições climáticas. Com a computação de borda, esses dados podem ser processados localmente, permitindo que os agricultores tomem decisões informadas em tempo real para otimizar o rendimento das colheitas;
- Energia Renovável: nas fazendas de energia solar ou eólica, o edge computing pode ser usado para monitorar a eficiência dos painéis solares ou turbinas eólicas e ajustar a operação em tempo real para maximizar a produção de energia;
- Logística: o edge computing pode ajudar a rastrear mercadorias em tempo real ao longo da cadeia de suprimentos, melhorando a eficiência e a transparência. Por exemplo, sensores em um caminhão de entrega podem monitorar a temperatura, a umidade e outros fatores ambientais para garantir a segurança dos produtos perecíveis, otimizando os recursos e elevando a qualidade dos serviços;
- Segurança doméstica: câmeras de segurança baseadas em edge computing podem analisar as imagens localmente para detectar movimentos suspeitos e alertar os proprietários, ou autoridades competentes, sem a necessidade de enviar constantemente os feeds de vídeo para a nuvem.
Como podemos ver, são diversas as áreas onde o edge computing pode ser aplicado. Seja em ambientes profissionais ou residenciais, essa tecnologia tem uma grande responsabilidade de transformar os campos onde é aplicada.
Portanto, ainda veremos seu uso se tornar mais amplo, com soluções chegando na grande massa em poucos anos. É esperar para ver.
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