O mundo do desenvolvimento de software não para de evoluir rapidamente. E um dos conceitos tradicionalmente abordados, e que evoluiu bastante, diz respeito à abordagem arquitetônica e organizacional das aplicações a serem criadas.

Nesse sentido, temos a aplicação monólito, onde todas as funcionalidades são criadas em um único bloco, e sua evolução, as aplicações de microsserviços, onde tudo é dividido em módulos para que uma série de vantagens seja conquistada.

Mas você sabe como funciona este último tema mencionado?

Então, vamos entender o que são e como funcionam os microsserviços, além de citar 7 vantagens e 3 desafios dessa abordagem de arquitetura. Continue lendo até o final do artigo que preparamos e bom aprendizado!

O que são microsserviços?

Microsserviços são abordagens de arquitetura de software, cuja finalidade é dividir cada serviço de forma independente. Assim, os “módulos” resultantes desta divisão podem ser gerenciados individualmente, seja para manutenções ou otimizações das funcionalidades existentes.

Essas divisões operam com integrações entre APIs, que conectam cada ponta da arquitetura para formar um serviço robusto para as aplicações web modernas. Desse modo, os microsserviços oferecem muitas vantagens, que vamos conferir na sequência.

Fonte: Pola Leszczyńska no Dribble

7 vantagens dos microsserviços para aplicações

1. Agilidade no desenvolvimento

Por operar de forma individual, cada serviço desenvolvido pode ser gerenciado de forma mais ágil, seja na correção de bugs ou na adição de novas funcionalidades. Além disso, o desenvolvimento também se torna mais “simples” pelo escopo mais limitado para onde os devs precisam olhar.

2. Baixo acoplamento

Outra vantagem importante é o baixo nível de acoplamento entre cada microsserviço. Na prática, isso quer dizer que, se construído corretamente, o serviço não dependerá de outros módulos em seu funcionamento. Até mesmo o sistema não irá parar de funcionar completamente caso um microsserviço fique, temporariamente, fora do ar.

3. Escalabilidade

A escalabilidade também é um ponto de destaque no uso dos microsserviços, que podem crescer conforme a necessidade da equipe de tecnologia da empresa, sem que a base da aplicação seja colocada em risco com as novas funcionalidades implementadas.

4. Flexibilidade na escolha das tecnologias

Por operar de forma individual, cada microsserviço pode ser desenvolvido em linguagens de programação diferentes, o que dá mais poder para o time de desenvolvedores. Desse modo, a equipe pode usar as melhores tecnologias para deixar o produto final mais robusto e poderoso.

5. Disponibilidade de funcionamento

Apostar em microsserviços é uma ótima opção para produtos que dependem de alta disponibilidade. Como os módulos operam de forma separada, uma falha na operação não compromete todo o sistema — e isso é bom tanto para os desenvolvedores quanto para os usuários.

6. Redundância da operação

Diretamente ligada ao item anterior, a arquitetura de microsserviços permite mais redundância na operação, o que vai possibilitar que o sistema continue funcionando no caso de falha em alguma parte. Na prática, subir um backup é algo relativamente simples para equipes organizadas e preparadas para imprevistos no sistema.

7. Redução das dívidas técnicas

Por último, em nossa lista para compreender como funcionam os microsserviços, temos a redução da dívida técnica do produto, onde o risco à evolução do projeto é reduzida drasticamente, já que o time de desenvolvimento tem mais condições de gerenciar o código do microsserviço com mais qualidade.

Assim, com as 7 vantagens que apresentamos, podemos ver que a arquitetura de microsserviços é uma ótima opção para construir aplicações modernas e confiáveis. No entanto, nem tudo são flores. Por isso, vamos conhecer 3 desafios de apostar nessa solução tecnológica.

3 desafios dessa modalidade

1. Gerenciamento do escopo

O primeiro desafio de utilizar microsserviços é o gerenciamento do escopo do projeto. Quão pequeno e especializado deverá ser cada módulo? Quantos e quais problemas ele vai resolver de forma micro?

Dependendo da escolha, seu projeto de microsserviço poderá gerar muito trabalho para a equipe e, de forma geral, atrapalhar a evolução do software ligado a ele.

2. Aplicabilidade prática dos microsserviços

Outra questão importante é quando os microsserviços devem ser usados, já que as aplicações monolíticas — onde não há uma divisão das funcionalidades — funcionam bem em muitos casos.

Então, dependendo do tamanho do software, o microsserviço vai gerar muito trabalho para a equipe e isso, de forma geral, pode atrapalhar a evolução do projeto.

3. Segurança da informação

No modelo de microsserviços, como vimos anteriormente, temos vários pontos de contato com o produto principal. Isso gera várias necessidades distintas de acompanhamento, seja em segurança ou complexidade. Portanto, é essencial considerar esse ponto durante a sua escolha para preparar bem a equipe.

Quando usar microsserviços?

Infelizmente, não existe uma resposta única para essa resposta. É importante saber como funcionam os microsserviços, bem como a capacidade e necessidade de os stakeholders para ter essa resposta de forma mais assertiva.

Existem grandes empresas que utilizam o modelo de monólito com muito sucesso nos dias atuais. Assim como boa parte do mercado de tecnologia prefere a divisão granular de aplicações. Mas essa resposta, felizmente, é muito pessoal.

Portanto, ao construir sua arquitetura, pense nas necessidades do seu projeto para tomar a melhor decisão. É desse modo que uma equipe madura e experiente precisa se comportar para tomar as melhores decisões na hora de construir produtos de alta qualidade.

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